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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

CALEIDOSCÓPIO

PRESIDENTE, PRESIDENTA
Já são mais de seis meses e ainda não me acostumei, tampouco absorvi, grafar presidenta para a função que exerce a presidente Dilma Rousseff. Até compreendo que órgãos oficiais do Governo Federal e dóceis amigos venham atendendo ao desejo da Presidente de que gostaria de ser chamada de presidenta. Também até compreendo a posição de alguns atuais e consagrados professores da língua portuguesa, filólogos conceituados, na justificativa da moda do novo feminino. Quando estudante, nos tempos 40 do século passado, professores de Português como Otávio Farias e Martinz (com Z, como ele exigia) de Aguiar e mestres de renome brasileiros e portugueses, nas suas aulas, gramáticas e teses ensinavam que, no estudo do gênero, nosso idioma possuía o masculino (operário), o feminino (operária), o comum de dois (o dentista- a dentista) e aqueles que fugiam dos padrões normais (homem- mulher, poeta-poetisa). Também, que o Português era nada mais nada menos do que o Latim modificado através dos anos, Que começou com Saussure uma “uma distinção que se tornou corrente: langue e parole ou língua e fala” - (“ Língua e Literatura Luso-Brasileira” – Delson Gonçalves Ferreira). Que a “língua” é um patrimônio... não é o produto de uma vontade singular, neste momento, neste lugar”. Que a “fala”...é um ato individual da vontade e da inteligência pelo qual alguém faz uso da língua”. Que para se consagrar num idioma qualquer vocábulo ou expressão precisava de fato incorporar-se à linguagem corrente do povo. Dito isso, continuo relutando em não aceitar presidenta ser o feminino correto, pois deriva de um ato individual da vontade da presidente Dilma. Será que depois ficará corrente femininos como estudanta, tenenta, residenta e eleganta?   Se assim acontecer, poderei até ser perdoado quando errar na grafia de vocábulos e infringir regras de concordância, regência e colocação, pois tudo ficará por conta da “fala”.
A NOVELA CONTINUA
É um nunca acabar este problema que estamos vivenciando, há algum tempo, a respeito de desvio conduta de ministros, altos administrativos e servidores até então categorizados de vários Ministérios. Alguns já estão defenestrados dos seus cargos e todos são passíveis ainda de investigação.  Foram exonerados os servidores comissionados investigados Antônio dos Santos Júnior, Freda Azevedo Dias, Kátia Terezinha Patrício da Silva e Kérima Silva Carvalho. Também, solicitou o Ministro do Turismo Pedro Novais a demissão da diretora de Qualificação, Certificação e Produção Associada ao Turismo, Francisca Regina Magalhães Cavalcante.A ação da Polícia Federal levou à prisão 38 pessoas, entre elas, o número dois do Ministério,  e o ex-secretário executivo Frederico Silva da Costa. Costa pediu demissão. Pressionado até por colegas do seu partido, o Ministro Novais disse que todas as irregularidades apontadas não são da sua responsabilidade e sim de gestões anteriores (leia-se os dois últimos ministros). O Ministério Público Federal está investigando 15 convênios com o Ministério do Turismo suspeitos de fraudes, envolvendo a Associação Brasileira de Empresas de Transportes Aéreo Regional (Abetar)....É bem possível que se  encompridar investigando a sujeira que está debaixo do tapete outros corruptos e corrompidos ficarão sob fogo cruzado, não apenas no Ministério do Turismo mas em todos outros setores das administrações federal, estadual e municipal. Dizem que o brasileiro só fecha as portas depois de roubado. De qualquer forma, são de bom alvitre as medidas que estão tomando para tentar acabar com a sujeira. Antes tarde do que nunca.

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