O Museu Casa Guimarães Rosa foi reaberto oficialmente ao público na primeira semana deste mês. Na ocasião, todo requalificado, houve o início da exposição de longa duração “Rosa dos tempos, Rosa dos ventos”, da exposição temporária “A boiada: 60 anos de Travessia” e o lançamento do projeto “Memória viva do sertão”. O projeto foi concebido e realizado com patrocínio da Petrobras.
Em Cordisburgo – Há 110 Km de BH, instalado no município de Cordisburgo, na casa em que Guimarães Rosa nasceu e passou parte de sua infância, o museu conta agora com a nova exposição de longa duração “Rosa dos Tempos, Rosa dos Ventos”. Nessa mostra, a vocação original do museu foi mantida, ou seja, a de ser um museu-casa, apresentando móveis originais da residência e objetos pessoais do escritor, de forma que o público ainda verá as gravatas borboletas usadas por ele, seu guarda-roupa, sua maleta de médico, suas condecorações, sua máquina de escrever, seus móveis de escritório, entre outros objetos. O processo de requalificação foi concebido de modo a tornar mais marcante à presença da vida e obra de João Guimarães Rosa dentro de sua antiga residência. Dessa forma, a exposição de longa duração “Rosa dos tempos, Rosa dos ventos” nos apresenta o museu com a seguinte configuração: - O quarto em que dormia recebeu o nome de “Cordisburgo”, cidade evocada por ele em seu discurso de posse na Academia Brasileira de Letras. O visitante poderá conferir, por meio da própria voz do escritor, seu carinho pela cidade; - A alcova foi dedicada a “Sagarana”, onde estão expostas as matrizes das gravuras criadas por Poty para ilustrar esta obra; - No quarto dos pais, toda a biografia e a cronologia da vida e da obra do escritor podem ser conferidas por meio de seus objetos pessoais; - A sala de jantar foi concebida com inspiração na obra “Corpo de baile”; - A cozinha se transforma nos livros “Tutameia” e “Primeiras estórias”; - No depósito da venda, estão o escritório do escritor e a biblioteca – com o processo de revitalização, todos os livros do escritor estão presentes no museu em suas principais edições, algumas muito raras como o livro “O vaqueiro Mariano”, que teve uma tiragem de 100 exemplares, todas numeradas e assinadas por Rosa; - A venda de “Seu Fuló”, pai de Guimarães Rosa recebe “Grande Sertão: Veredas”, “Estas Histórias” e “Ave Palavra”. (Jornalista Sérgio Moreira)
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