É impossível negar que, a partir do anúncio das cidades selecionadas para serem sede dos jogos da Copa do Mundo de 2914, todas elas estão passando por uma série de boas qualificações, recebendo obras que não se aguardava para tão cedo. Não apenas as arenas dos jogos estão surgindo ou passam por grandes reformas, com adequação para maiores competições esportivas. As cidades como um todo, por exigência da FIFA, vêm recebendo obras estruturantes necessárias para o bem estar dos turistas que vierem ao Brasil durante os jogos, mas que refletem uma necessidade há muito reclamada pela população. Reformas de aeroportos, o eterno problema da mobilidade urbana, meios de hospedagem em maior número e condignos com as necessidades dos visitantes de A a Z, pessoal preparado para bem receber, equipamentos turísticos atraentes, enfim uma série de outras providências vêm sendo adotadas nas cidades-sede dos jogos. Benefícios indiscutíveis há muitos reclamados mas sempre “esquecidos”. O que foi indicado para ser feito no conhecido Protocolo de intenções, bem ou mal, com atraso ou não, vem sendo tocado e acreditamos terá seu término em 2014. O legado pós Copa indiscutivelmente será positivo. Mas muita gente está temerosa de que algumas das obras ficarão como “elefantes brancos”, sem uma demanda que justifique seu aparecimento, construção ou reforma. Citam como exemplo o que vem ocorrendo na África do Sul, onde estádios, hotéis e outros equipamentos estão sem serventia. Não nos incluímos entre os pessimistas. Pensamos justamente que é este o momento de um planejamento sério e que, ao contrário do que ocorreu no país africano, tudo que for feito terá muita serventia, contribuirá para o bem-estar da população, para maior desenvolvimento do turismo. Pode-se pensar que um Castelão bonito como vai ficar será um “elefante branco”, usado somente para poucos jogos do campeonato cearense de futebol? Lá não poderão acontecer monumentais concentrações religiosas e grandes shows? O Acquário não será constante ponto de atração para a população e visitantes e local de estudos da fauna marinha? E o que se está fazendo em relação à mobilidade urbana e requalificação da cidade não são obras necessárias e há muito reclamadas pela população? Francamente, não encontramos razão para o temor que invade a cabeça e muita gente, até pessoas de alta qualificação. Só acontecerá o que se passa na África do Sul se houver muita negligência das autoridades e pessoas responsáveis pelo desenvolvimento destas capitais-sede dos jogos da Copa. Com inteligência e um planejamento sério e objetivo, a herança dos pós Copa será de capital importância para tirar o Brasil, com toda exuberância da sua natureza e de atrações culturais e naturais, da hospitalidade do povo, da posição pouco lisonjeira no “ranking” que ocupa entre os países que têm no turismo uma mola-mestra de desenvolvimento.
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