Para os fenômenos da natureza a ciência vem encontrando meios para superá-los ou amenizá-los. Fato é, porém, que o imponderável supera tudo não se podendo evitar maiores catástrofes. A vida às vezes impõe armadilhas impensáveis. Pois foi um desses momentos impensáveis que atropelou a caminhada do selecionado brasileiro em busca do hexa campeonato mundial de futebol. É para se riscar do nosso calendário o que ocorreu na tardinha de terça-feira última, 8, no Mineirão. A seleção da Alemanha derrotou o Brasil pelo extravagante placar de 7 x 1. Nem mesmo o alemão mais otimista previa que a sua seleção se credenciasse à Final da Copa do Mundo goleando impiedosamente a representação do Brasil, no jogo da semifinal do evento. Dizemos nós: é quase provável que se acontecessem amanhã ou mais 19 vezes seguidas pelejas entre os dois contendores placar tão impiedoso não se repetiria contra nossa seleção. Os milhares de expectadores que foram ao Mineirão viram o jogo atípico. Sabia-se que a Alemanha estava mais bem preparada, com jogadores de alta qualidade, chegando à Copa credenciada a ser campeã. Sempre foi uma das seleções favoritas, ao lado da Holanda, da França do Brasil, da Itália e da Argentina. Mas se viu que, depois de vencer Portugal nas Eliminatórias por um escore também elástico, 4 x 0, encontrou dificuldades para superar outros adversários entres os quais a França, nas Quartas de Final. Por seu turno, o Brasil, contando com o elenco que no ano passado fora campeão da Copa das Confederações, vinha superando os adversários de forma difícil, não se mostrando tão confiável. Não empolgou em nenhum jogo que fez, mostrando-se frágil no meio-campo e seu ataque pouco inspirado. Neymar era a referência, mas nem mesmo ele repetia as boas atuações em que se credenciou como um dos melhores do mundo. Posto fora da competição por causa da violência de um colombiano, as coisas ficaram ainda piores, acrescidas do desfalque do zagueiro Thiago Silva, punido com o segundo cartão amarelo. Diga-se, contudo, que mesmo nesta situação, mas com elenco de jogadores destacados no futebol europeu, sua credencial de penta campeão de Copas do Mundo, jogando em casa, não se descartava uma vitória do Brasil sobre a Alemanha. Daí a perplexidade de derrota tão avassaladora. Não se pode reverter o passado. Resta aguardar que amanhã, na semifinal contra a Holanda, atue com altivez e se classifique em terceiro lugar, um título que dezenas de países jamais alcançaram. Um último o desejo nosso é que os nossos conterrâneos não estigmatizem os jogadores da atual seleção, como já o fizeram com goleiro Barbosa até sua morte, visto com muito desdém pelo fato de não defender a bola chutada por Gigghia, autor do tento que tirou o nosso primeiro campeonato mundial de futebol, no Rio de Janeiro, em 1950. O excelente Barbosa em outras situações conquistou honrosos títulos para o Brasil, mas jamais foi perdoado em razão da falha, primeiramente cometida pelo lateral esquerdo Bigode. A ingratidão foi tanta que chegou a ser barrado ao desejar visitar uma concentração de uma seleção brasileira. Que mundo cão!
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