UM CRIME IMPUNE
Não sabemos até quando a FIFA continuará mandando nos países que estão sob sua jurisdição, no futebol. Ao lado de promover o maior evento esportivo do mundo, a entidade máxima age como verdadeira ditadora, impondo condições muitas vezes humilhantes ao país que vai sediar uma Copa do Mundo. Ou será que só foi com o Brasil? O fato é que no evento que se vem desenrolando até 13 deste junho, imposições e imposições estão em voga, num intervencionismo de fazer inveja a qualquer país conquistador. De tantos, enumeramos apenas um: jogos serem realizados a partir das 13 horas. Absurdo dos absurdos. Um atentado violento à saúde dos jogadores, afetando também aos que vão aos jogos ou, até, quem deseja participar da sua promoção – Fifa Fan Fest. Num país tropical como o nosso, em que a temperatura no Nordeste vai até os trinta e dois graus, com sensação de 35, é um crime a imposição. No Norte, em Manaus, a temperatura ainda sobe mais. Dá dó a gente assistir a jogos em que, por exemplo, alemães, holandeses, gregos e suíços estão em cena. Até os próprios brasileiros padeceram nas partidas começadas nestas horas em que o sol é inclemente, não rendendo o que era esperado. E os órgãos governamentais de saúde, nem mesmo a Organização Mundial de Saúde tomaram até agora qualquer providência, radical, para acabar com esta farra da FIFA. Ela, tudo indica, mostra ter como objetivo primeiro o lucro. Otimização dos jogos de futebol, melhor estrutura das organizações e dos campeonatos são assuntos complementares. A ditadura é tão grande que, um mês antes do início da Copa, ninguém manda em estádios ou locais de suas promoções. Adeus soberania do Estado. A Arrogância é tanta que até os benefícios indiretos que o país-sede dos jogos têm, ficam esmaecidos. É lastimável tanta subserviência.
PUXADINHO, MELHOR DESTINO
Como aconteceu com várias obras que estariam à disposição para uso antes do início da Copa do Mundo, o Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, não concluiu o que fora programado. Vexame e grande quando se constatou que tal não ocorreria. Então, Moreira Franco, constrangido, anunciou a construção de um “quebra-galho”, um terminal provisório. Assim, os turistas que chegassem à nossa capital não teriam do que reclamar, pois recursos como este já haviam sido empregados com êxito em outras partes do mundo. Adiantou então o Ministro-Chefe da Aviação Civil que a construção de emergência, chamada pelo povo como “Puxadinho”, resolveria o problema e, depois, seria desativada logo após a competição. Pois bem, o “Puxadinho” foi emergencialmente construído e está dando certo, não se ouvindo maiores reclamações por porta de quem aqui chega ou saí via área O que não se compreende é que ele sem mais nem menos seja posto abaixo, pois não teria sentido com o final das obras de ampliação do Aeroporto Pinto Martins, previstas para mais uns dois anos. Irá para “o brejo” os 1,79 milhões gastos na sua edificação? Não acreditamos. Não seria o momento de o Governo do Estado do Ceará pensar em aproveitar o “Puxadinho” também como um terminal de emergência no Aeroporto de Aracati, que já está autorizado para receber aviões de porte médio.? O turismo da região e de parte do Rio Grande do Norte muito ganharia e teria melhor sentido tanto dinheiro gasto. Ou não?
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