Após setenta e quatro jogos realizados nas doze cidades-sede, a Copa do Mundo de Futebol terá amanhã e domingo as duas partidas finais, no Brasil. Um mês em que São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Natal, Fortaleza, Cuiabá e Manaus estiveram em festas diárias, num congraçamento entre as populações locais e os visitantes nacionais e estrangeiros que vieram curtir os jogos e participar das Fifa Fan Fests, das praias e de demais belezas da natureza brasileira. De modo geral, um saldo altamente positivo para o nosso País, não empanado por muitos acontecimentos desagradáveis.
BRASIL X HOLANDA – Na tentativa pela terceira colocação na Copa, amanhã Brasil x Holanda estarão se enfrentando em Brasília, no Estádio Mané Garrincha. Não há duvidas de que não há quase motivação nem das duas seleções nem do público pela partida de amanhã, às 17 horas, na Capital Federal. A sofrida e humilhante derrota do Brasil para a Alemanha, por 7 x 1, na terça-feira passada, traduz o sentimento de que esta disputa é mal recebida por todos nós, sentimento partilhado por craques de seleções do passado,
jornalistas, enfim quase todos os brasileiros.
Assim pensam também os nossos adversários de amanhã. O técnico holandês, Louis Van Gaal, entrou às 20h04min da quarta-feira na sala de entrevistas, após perder nos pênaltis para a Argentina, para falar da derrota. Queixou-se da obrigação de ter de fazer o jogo de sábado pelo terceiro lugar, contra o Brasil, em Brasília. “Já digo há dez anos: essa partida nunca deveria ser jogada. Você tem a chance de perder duas vezes seguidas e, se isso acontece, você vai para casa como um perdedor. Mesmo depois de ter feito uma Copa do Mundo maravilhosa. Os jogadores não deveriam jogar pelo terceiro lugar porque só há um prêmio: a taça de campeão do mundo”.
A GRANDE DECISÃO – O jogo decisivo da taça mundial de futebol, domingo, às 16 horas, no Estádio do Maracanã, reúne dois gigantes de continentes diferentes. A Alemanha representa a Europa; a Argentina é a América do Sul. Justiça para as duas seleções que melhor se portaram em fases anteriores. Os alemães derrotaram Portugal, Gana, Estados Unidos, França e Brasil. Os portenhos superaram a Bósnia, o Irã, a Nigéria, a Suíça, a Bélgica e Holanda. Para ambos foi uma jornada difícil, a não ser quando a Alemanha derrotou Portugal por 4 x 0. Mas mesmo assim demonstraram que, realmente, foram os melhores, técnica e taticamente. Alemanha e Argentina já disputaram o título duas vezes. Em 1986, no México, os sul-americanos venceram por 3 a 2. Quatro anos mais tarde, na Itália, os europeus se vingaram e triunfaram por 1 a 0.
O SENTIMENTO DOS HERMANOS - Para os atletas argentinos, o jogo contra a Alemanha será o mais importante de suas vidas. O Técnico Alejandro Sabella agradeceu o apoio dos torcedores que acompanham a seleção pelo Brasil. Muitos deles eram tão pequenos que nem se lembram. Foi em 1990 que a Argentina disputou sua última final de Copa do Mundo, quando perdeu para a Alemanha por 1 x 0. Foram longos 24 anos de jejum, quebrado por uma geração que já está orgulhosa muito antes do apito inicial da partida contra a mesma Alemanha..
Dados da Fifa indicam que Alemanha e Argentina disputaram 20 jogos, com 9 vitórias dos germânicos e 9 da Argentina. Houve cinco empates. O total de gols marcados foi 56, com um empate de 28 para cada um. Os dois disputaram o título duas vezes. Em 1986, no México, os sul-americanos venceram por 3 a 2. Quatro anos mais tarde, na Itália, os europeus se vingaram e triunfaram por 1 a 0.
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