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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

A MAIS BELA PROMOÇÃO GAÚCHA EM SALVADOR - A TAP EM SALVADOR

Carlos Casaes
Abrajet BA
Decorria o ano de 1977 em que alguns acontecimentos interessantes ocorreram na Bahia. O Diretor da TAP, João Maria Forcada, desembarcava em Salvador para combinar com o Governo baiano a programação de voos regulares da companhia portuguesa, a partir do mês de Abril
Alitália também em Salvador - No mesmo ano, dirigentes da Alitália, empresa aérea do país europeu, da mesma sorte, negociaram com o Governo baiano a programação de um voo mensal da companhia para Salvador.
Promoção gaúcha na Capital baiana - Decorriam os dias 01 e 04 de Dezembro de 1977 quando o Rio Grande do Sul promoveu em Salvador, na Bahia, o mais belo evento que aquele Estado já preparou. Na Rótula do Vale dos Barris, imensa área que, aquela época, havia sido aberta a circulação do público baiano, a Secretaria de Turismo gaúcha – leia-se Secretário Mário Ramos – instalou um autêntico e tradicional “Acampamento Gaúcho”, com direito a todos os apetrechos conhecidos no interior daquele Estado. Convidados para a sua inauguração, eu e meu saudoso parceiro Antônio Roberto Pellegrino, lá estivemos as 20hs00, acompanhados das nossas respectivas Teresa e Helena.Ao chegarmos ao Vale dos Barris,  no horário previsto no convite, encontramos apenas uma intensa movimentação no sentido de armar as barracas, os churrascos de tripés no chão, tablado para apresentação de grupos folclóricos e por aí. Evidente que estranhamos que as coisas não estivessem já devidamente instaladas. E buscamos explicação junto aos organizadores. Quem nos recebeu, inicialmente, foi o Presidente da entidade tradicionalista do Estado gaúcho que nos revelou ter ocorrido um certo contratempo. No entanto, buscou o testemunho autorizado do Secretário Mário Ramos. Muito solícito, o Secretário nos forneceu, então, a explicação do porque de todo aquele atraso no encaminhamento das providências de instalação do “acampamento”. E nos revelou ser - a época, evidente - um grande admirador do políico baiano Antônio Carlos Magalhães. E que, quando já estava projetada a promoção em Salvador, encontrou-se com o mesmo num vôo e lhe revelou que ele seria homenageado especial durante a realização do evento.
Claro que tal distinção foi noticiada pelos veículos baianos. O que, por evidente, não agradou ao Governador de então, Roberto Santos, que tinha uma “diferença” com ACM. Por conta disto, embora o Governo através dos órgãos próprios, houvesse assegurado que proporcionaria todo o apoio logístico a iniciativa, na “hora da verdade, tirou o braço da seringa”. Fora, pois, a razão pela qual, naquele instante tudo estava extremamente atrasado, uma vez que os gaúchos tiveram que, sozinhos, enfrentar a adversidade de montar todo o acampamento. Nem polícia, nem bombeiros, nem pessoal de apoio conforme prometido pelos baianos. Além do que, uma promoção daquela magnitude não havia sido noticiada pela imprensa local com a devida ênfase, razão pela qual o grande público não tomara conhecimento. A partir dali, então, foi que eu e Pellegrino “caímos em campo” para levar a informação aos jornais, emissoras de rádio e televisão.
No dia seguinte, então, a coisa fluiu com a justa participação do povo baiano. Lembro de que, no encerramento do acampamento, houve uma solenidade na Associação Atlética da Bahia, na qual os gaúchos, então, promoveram toda a programação que haviam destinado, excepcionalmente, ao nosso Estado.
Fatos que a história registra.

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