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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

TURISMO É MAIS DO QUE CIFRAS

Antonio Jose de Oliveira
Pres. Abrajet CE
Quase chegando ao fim de 2O16, vamos tocar, numa tecla, cujo som pode desagradar a algumas pessoas do trade turístico cearense, todavia se trata de pura verdade. É que Turismo, caro leitor, não é, exclusivamente, o somatório de expressivas cifras em dólares, euros ou outras moedas, mas também o intercâmbio (troca) de culturas, estimulando a solidariedade, entre os povos, o que torna as pessoas mais universais.
O Turismo vai criando, paulatinamente, (Quem é da área sabe disso) uma sociedade mais inter-relacionada, humanizada, participativa e mais universal. É claro que a violência ainda campeia, em nosso Ceará, mormente em Fortaleza, em nosso país e em outros Estados, afugentando, assim, significativo contingente de turistas.
Quem costuma viajar não é o mesmo, em termos culturais e comportamentais, pois, ao voltar ao torrão-natal, sobretudo, se visitou países desenvolvidos da Europa, dos Estados Unidos da América do Norte ou outras localidades do Ocidente e do Oriente. É que viajar, caro leitor, sempre acrescenta conhecimentos aos viajantes, ainda que para lugares já visitados. 
Agora, prezado leitor, tem um lance: jamais se deve permitir que o Turismo seja trabalhado à base do amadorismo e da improvisação. É erro crasso “brincar de turismo”, quando sabemos que esta indústria movimenta mais de três bilhões de dólares e emprega mais de 300 milhões de pessoas no mundo inteiro.
Pena é que nós, brasileiros, não tenhamos grande destaque na participação do “bolo turístico” universal e fiquemos com um “pedaço”, que representa menos de 1% (um por cento), não significando muito no movimento de viagens. 
Agora, satisfaz-nos dizer que estamos crescendo, frente ao “ranking mundial”, contudo precisamos ocupar um lugar de maior destaque no Turismo Mundial. Em termos de turistas estrangeiros, há anos, não passamos dos 6,5 milhões. É vergonhoso pelo potencial turístico de que dispõe o Brasil. Seria ótimo, caso perdêssemos, na captação de turistas, apenas para a França, Espanha, Itália, Estados Unidos, países que ocupam as principais posições na pirâmide do turismo internacional. Utopia?  Por que não pensar grande?
Parodiando Bóris Casoy, afirmamos que é “uma vergonha” o Brasil ser reconhecido o país de maior potencial turístico do mundo pela diversificação de seus atrativos e sequer ser a décima nação a receber mais turistas no universo.
Ah! Alguns dirão que o Brasil é um país muito novo. Descoberto há 516 anos (completou 516 anos no último 22 de abril), jamais poderá aproximar-se da França, Espanha e Itália na atração de visitantes.
Os citados alguns reforçarão, ainda, seus pontos de vista, argumentado que o País, caminhando para o desenvolvimento, peca pela divulgação de suas atrações turísticas, pela prestação de serviços, pelas péssimas condições de vida da maioria da população, (o maior atrativo de um Município, Estado ou País é a qualidade de vida dos habitantes) e por outros “senões”, de ordem econômica, social e política, fato esse com o qual concordamos.

Mas, estas pedras não podem ser retiradas dos caminhos turísticos, palmilhados por nosso País? Claro que sim. Bastam a aplicação maciça de recursos financeiros (para se melhorar a infraestrutura de apoio ao turismo), a capacitação da mão de obra (para seus diversos segmentos), afora uma política mais agressiva de marketing, com a finalidade de colocar o produto turístico brasileiro, nas prateleiras do mercado-consumidor, e informar aos brasileiros e aos estrangeiros que este produto, além de estar disponível, é competitivo.
Antonio José de Oliveira - Pres ABRAJET CE

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