Antonio Jose de Oliveira Pres. Abrajet CE |
Quase chegando ao fim de 2O16, vamos tocar, numa
tecla, cujo som pode desagradar a algumas pessoas do trade turístico cearense,
todavia se trata de pura verdade. É que Turismo, caro leitor, não é,
exclusivamente, o somatório de expressivas cifras em dólares, euros ou outras
moedas, mas também o intercâmbio (troca) de culturas, estimulando a
solidariedade, entre os povos, o que torna as pessoas mais universais.
O Turismo vai criando, paulatinamente, (Quem é da
área sabe disso) uma sociedade mais inter-relacionada, humanizada,
participativa e mais universal. É claro que a violência ainda campeia, em nosso
Ceará, mormente em Fortaleza, em nosso país e em outros Estados, afugentando,
assim, significativo contingente de turistas.
Quem costuma viajar não é o mesmo, em termos
culturais e comportamentais, pois, ao voltar ao torrão-natal, sobretudo, se
visitou países desenvolvidos da Europa, dos Estados Unidos da América do Norte
ou outras localidades do Ocidente e do Oriente. É que viajar, caro leitor,
sempre acrescenta conhecimentos aos viajantes, ainda que para lugares já
visitados.
Agora, prezado leitor, tem um lance: jamais se deve
permitir que o Turismo seja trabalhado à base do amadorismo e da improvisação.
É erro crasso “brincar de turismo”, quando sabemos que esta indústria movimenta
mais de três bilhões de dólares e emprega mais de 300 milhões de pessoas no
mundo inteiro.
Pena é que nós, brasileiros, não tenhamos grande
destaque na participação do “bolo turístico” universal e fiquemos com um
“pedaço”, que representa menos de 1% (um por cento), não significando muito no
movimento de viagens.
Agora, satisfaz-nos dizer que estamos crescendo,
frente ao “ranking mundial”, contudo precisamos ocupar um lugar de maior
destaque no Turismo Mundial. Em termos de turistas estrangeiros, há anos, não
passamos dos 6,5 milhões. É vergonhoso pelo potencial turístico de que dispõe o
Brasil. Seria ótimo, caso perdêssemos, na captação de turistas, apenas para a
França, Espanha, Itália, Estados Unidos, países que ocupam as principais
posições na pirâmide do turismo internacional. Utopia? Por que não pensar grande?
Parodiando Bóris Casoy, afirmamos que é “uma
vergonha” o Brasil ser reconhecido o país de maior potencial turístico do mundo
pela diversificação de seus atrativos e sequer ser a décima nação a receber
mais turistas no universo.
Ah! Alguns dirão que o Brasil é um país muito novo.
Descoberto há 516 anos (completou 516 anos no último 22 de abril), jamais
poderá aproximar-se da França, Espanha e Itália na atração de visitantes.
Os citados alguns reforçarão, ainda, seus pontos de
vista, argumentado que o País, caminhando para o desenvolvimento, peca pela
divulgação de suas atrações turísticas, pela prestação de serviços, pelas
péssimas condições de vida da maioria da população, (o maior atrativo de um
Município, Estado ou País é a qualidade de vida dos habitantes) e por outros
“senões”, de ordem econômica, social e política, fato esse com o qual
concordamos.
Mas, estas pedras não podem ser retiradas dos
caminhos turísticos, palmilhados por nosso País? Claro que sim. Bastam a
aplicação maciça de recursos financeiros (para se melhorar a infraestrutura de
apoio ao turismo), a capacitação da mão de obra (para seus diversos segmentos),
afora uma política mais agressiva de marketing, com a finalidade de colocar o
produto turístico brasileiro, nas prateleiras do mercado-consumidor, e informar
aos brasileiros e aos estrangeiros que este produto, além de estar disponível,
é competitivo.
Antonio José de Oliveira - Pres ABRAJET CE
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