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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

AOS DOMINGOS, NA AVENIDA AFONSO PENA - A FEIRA HIPPIE VIROU ENCONTRO DE NEGÓCIOS E LAZER

Reconhecido no Brasil e no mundo todo, Minas Gerais é um estado referência no turismo. Se não possui a seu favor, o ano inteiro, um sol e praias marítimas de belezas mil, em compensação as Alterosas são partícipes e testemunha da história e grandeza do Brasil e depositária também de uma natureza vigorosa, com dádivas que encantam, seja na flora ou na fauna, nas minas desativadas e grutas que atestam um dadivoso solo.
Belo Horizonte, a capital mineira, é a síntese do Estado, com invejável acervo natural e histórico que dão inveja. Pujante e irregular na sua topografia, bafejada por arborização invejável, BH é uma das grandes referências do turismo brasileiro. Tem tudo que um visitante pode desejar para enriquecimento pessoal, seja em cultura, lazer, gastronomia ou no que pensar. O povo é hospitaleiro e a rede hoteleira satisfaz o mais exigente hóspede. 
É certo que, durante o dia ou à noite, quem for a Belo Horizonte fica indeciso na escolha do que quer visitar, divertir-se ou fazer o que melhor lhe convier. Contudo, aos domingos, quase obrigação é que, antes de qualquer cousa, vá à grande Feira da Avenida Afonso Pena, no coração da cidade. Multicolorida, com o melhor do artesanato à mostra, num ambiente alegre, e descontraído, é quase mágico o vai e vem de gente de toda cor e “status” social diverso à procura de comprar ou mesmo matar o tempo”, num ambiente em que a democracia é mostrada na sua melhor face. A grande riqueza cultural mineira lá está expressa na sua autenticidade. Nos 12 setores, que fervilham na extensão da Avenida, entre as ruas da Bahia e dos Guajajaras, é um expressivo supermercado, com ofertas surpreendentes. La se encontra de tudo: mobiliário, decoração, tapeçaria, cama, mesa e banho, vestuário arranjos e complementos, bijuterias e calçados. Produtos de alimentação. Artes plásticas e escultura são expostas no calçadão do Parque Municipal de Belo Horizonte. Não é muita opção?
COMO SURGIU – A tradicional feira dos domingos da Avenida Afonso Pena, hoje nomeada com destaque no país e no exterior, nem sempre ali esteve. Surgiu em meio ao movimento “hippie” que se espalhava pelo mundo. Artistas e estudantes ligados ao movimento, em 1969, começaram a expor o que criavam na Praça da Liberdade, “um local que ainda não era da preferência da população citadina”. Aos poucos, a “feira hippie” foi ganhando projeção, com mais de quatrocentos expositores, não obstante o olhar de lado do pessoal ligado ao regime militar vigente. Contudo, em 1971, o então governador mineiro, Israel Pinheiro, apoiou a realização da feira como um evento permanente. O fato foi decisivo para que, aos poucos, ganhasse melhor conceito, com os aplausos da população.  Por   decretos municipais, foi oficializada em 1973. Daí em diante a Feira foi se tornando um ponto quase obrigatório de encontro de moradores e turistas.  Aumentada a dimensão, o interesse, em 1991, foi transferido para o local em que hoje está bem assentada, na avenida Afonso Pena. Adquiriu “status”, passou a fazer parte do circuito turístico de Belo Horizonte.  Só funciona aos domingos, de 07:00 às 14:00, com o movimento se iniciando, porém, já de madrugada. Hoje, segundo dados da Prefeitura, cerca de 2.404 expositores lá trabalham, divididos em 17 setores. A presença de público é estimada em 70.000 pessoas rotativas, chegando a 90.000 na época natalina. 
Enfim, a Feira dos domingos da Avenida Afonso Pena definitivamente é destaque no calendário turístico de Belo Horizonte.  Consolidou-se como patrimônio cultural e turístico da Capital, tornando-se uma das maiores feiras em espaço aberto da América Latina, 

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